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Paraísos Artificiais - Por que você deve assistir?
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Paraísos Artificiais - Por que você deve assistir?
  • Published_at:2012-05-05
  • Category:Entertainment
  • Channel:paraisosartificiais1
  • tags: nathalia dill, luca bianchi, lívia de bueno, paraísos artificiais, marcos prado, tropa de elite, josé padilha, contracultura, cinema brasileiro, festival musica, rave, baudelaire, liberdade, sexo, lesbianismo, drogas
  • description: HOJE NOS CINEMAS! \o/ Compre aqui: http://on.fb.me/JxCyOB "Saí do cinema com o coração apertadinho, apertadinho... Esmagado pela saudade de quando eu era garota, viajava pelo nordeste do Brasil com minhas melhores amigas em ônibus velho, cheio de coragem, amor e gente que chora olhando o mundo passar pela janela. Um filme cheio de cor... Uma cor tão vibrante quanto o som, e que obriga nossos olhos a abrirem as portas do coração e vasculharem tudo, todo nosso passado atrás de uma história aqui e acolá que nos faça lembrar de um dia - pelo menos um único dia - que nos deu um encontro pra ser reencontrado, um melhor amigo pra ser guardado e amargado, uma única viagem em busca de sentido. Ali, da cadeira que escolhi, bem na fileira da frente do cinema, eu me sentia como um garotinho que vê um filme que o excita pela primeira vez... Deu vontade de tocar os corpos que os olhos do Marcos Prado fitaram primeiro, vontade de beijar a boca que a atriz modelou, ser a língua da menina ou do menino deslizando pelo peito da outra menina, pedir pra alma do Mark (Roney Villela) dançar um pouquinho com a minha. Me deixei guiar pelas emoções desenhadas nos olhos do Nando (Luca Bianchi) e a mente flutuar junto com as câmeras sobre as festas na beira da praia. Curiosamente, cena após cena, era como se tudo fosse sexo. Mesmo quando não tinha nada a ver com sexo, era sexo. E me senti agarrada pela terra, arranhada pelas pedras, engolida pelo mar, transando com todos os elementos da natureza com a mesma intensidade transpirada pelos corpos da Lara (Lívia de Bueno) e da Érika (Nathalia Dill). Mas não era só sexo... Era encontro, era desencontro, era a parte boa e visceral da juventude. Era amizade... Sentimentos de amizade de verdade, com todos os erros e acertos. Era família... Família pra caralho, mesmo que não fosse como a minha ou a sua! Um som... Um som que até eu, que não sou das raves, deixei que entrasse e fizesse algum tipo de festa dentro de mim. Um filme conduzido com uma delicadeza rara, sem deixar um único segundo de ser intenso. Delicado e intenso como a primeira transa depois de um amor a primeira vista, sabe? Uma trepada casual com o universo, mas que o destino fez questão de transformar em uma história de amor... E, talvez, só para que a gente possa se desligar do dia a dia que nos parece comum, ir até o cinema e sair de lá como se estivéssemos olhando o mundo pela janela de um ônibus, lacrimejando. Por quê? Porque ele é bonito, bonito... Mas merece muito mais do que ser visto. Ser sentido. Meus olhos para Paraísos Artificiais e para quem quiser experimentar..." - Transformamos em vídeo esta carta que a escritora e espectadora Alê Felix nos escreveu depois de assistir ao filme.
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