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Me Apaixonei Por Um Gay e Não Me Arrependo
- Published_at:2019-01-28
- Category:People & Blogs
- Channel:ACONTECEU MESMO
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- description: ★ Inscreva-se em ACONTECEU MESMO: http://bit.ly/2QAFI3k Esta é a Angie. Ela quer falar sobre o AMOR. Desde a infância ouvimos que o amor é maravilhoso, que o amor é tudo o que precisamos, blá-blá-blá. A Angie diz que o amor também pode se transformar em um vacilo ‘daqueles’, como aconteceu com ela. Até o ensino médio, ela vivia com a certeza de que o amor não era pra ela, que era bombardeada por historinhas de primeiro amor das amigas dela. “Ah, meu namorado isso, meu amor aquilo…” Angie achava que a paixão transformava os cérebros delas em chiclete. Então, olhava pra elas com irritação e tinha certeza de que nunca se comportaria daquela forma, pois era muito inteligente pra isso. Ela até prestava atenção nos garotos ao redor dela, mas não acreditava que alguém, em sã consciência, teria coragem de se interessar por eles. Mas depois a Angie acabou provando desse sentimento. Ela foi a uma festa de aniversário de uma prima que estudava em uma escola diferente, e lá conheceu um dos colegas de sala da prima dela. Seu nome era Eli. Ele era alto, tinha olhos escuros, um sorriso encantador e aquele olhar enigmático que deixava todas as meninas loucas. A Angie não caiu nessa, mas estava tão entediada que chegou perto dele pra puxar papo. Ele perguntou por que ela não estava dançando, já que todo mundo estava na pista de dança. “Ah, só estou dando um handicap pras meninas. Quando começo a dançar, acabo roubando a cena” – respondeu, ironicamente. Ele pareceu realmente interessado. "Você joga xadrez? Esse termo que você usou, handicap, é do xadrez". “Pra falar a verdade, sim! Você também joga?” A resposta foi sim. Então, eles conversaram um pouco sobre o jogo e parecia que ele era um jogador bem experiente. Depois, a Angie perguntou de que música ele gostava e, BINGO!, também gostava de jazz clássico! Que coincidência! Aí ela começou a gostar muito dele. Quando ele confessou que The Big Bang Theory era seu seriado preferido, ela se deu conta de que estava perdidamente apaixonada. Ok, não dá pra se apaixonar por alguém depois de 10 minutos de conversa, né? Mas ela sentiu que a sintonia deles era incrível – você conhece muitos jogadores de xadrez que adoram ouvir jazz e assistir The Big Bang Theory? Nem ela! Finalmente a Angie havia encontrado um garoto interessante para conversar! Eles combinaram de se encontrar algum dia para jogar xadrez, mas depois de um tempo começaram a bater papo pelo Messenger e a se encontrar uma ou duas vezes por semana para jogar. Aí, ela percebeu que não conseguia ficar muito tempo longe dele. Então a ficha caiu: tinha se apaixonado pela primeira vez, com direito a borboletas no estômago e tudo. Viu só? Aqui se faz aqui se paga... quem mandou criticar as amigas? Ao constatar isso, Angie resolveu refletir um pouco pra saber se era correspondida. Parecia que o Eli também sentia a mesma coisa, pois olhava pra ela de um jeito especial e sempre ficava acariciando o cabelo dela. Esses são alguns dos sintomas, não é mesmo? A Angie resolveu que era hora de convidá-lo pra sair. Ela ligou e eles combinaram de ir ao cinema. Depois do filme, eles saíram animados, envolvidos em uma conversa. O Eli a levou para casa e, quando estavam quase chegando, pararam para se despedir. Àquela altura, a Angie não resistiu e deu um beijo rápido nos lábios dele. Ela sentiu um misto de empolgação e de medo, pois não sabia se ele realmente gostava dela. Ele ficou constrangido, parecia não estar esperando por aquilo tudo. Então pegou a mão dela e disse: “Olha, Angie, a culpa é minha, eu não lhe contei uma coisa”. O coração dela quase saiu pela boca. Ela tinha entendido tudo errado, ele não gostava dela. Ou quem sabe ele… talvez já tivesse uma namorada! “Olha, eu gosto muito de você”, ele disse. “Você é a garota mais especial que eu já conheci [é, ele tem mesmo uma namorada] e você é a minha melhor amiga, pois é muito legal e eu adoro a sua companhia. Mas eu deveria ter lhe contado desde o início: eu sou gay”. Agora que a Angie está contando isso, parece até engraçado, mas na época foi trágico. Ela estava tão apaixonada que parecia que a vida dela tinha acabado. E ficou tão constrangida por ter beijado o Eli que rompeu contato com ele e sofreu sozinha. Mas depois de um tempo, conseguiu achar graça daquela linha quase imperceptível da zona de amizade e começou a sentir muita saudade dele. Então, um dia, ela simplesmente ligou para ele e o convidou pra jogar xadrez. Ele é o melhor amigo dela até hoje, e de vez em quando eles dão boas risadas relembrando essa história. Ela superou tudo, e se você perguntasse hoje, ela sem dúvida lhe diria que uma boa amizade vale muito mais que um amor de adolescente. Música por Epidemic Sound: https://www.epidemicsound.com
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